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São Paulo 1985-1987, os Menudos. Um time inesquecível!

  • Vitor Chicarolli
  • 24 de set. de 2015
  • 3 min de leitura

Depois de conquistar o título brasileiro de 1977, o São Paulo começou a década de 80 sonhando alto, em 1980 e 81 veio o bicampeonato paulista, em 81 um vice-campeonato brasileiro, perdendo para o Grêmio na final. Após o segundo lugar no campeonato nacional, o tricolor passou por uma reformulação que durou três anos, até que em 1984 chegou o técnico Cilinho, que deu importância para as categorias de base e revelou craques como Silas, Muller e Sidney, trio que pertenceu a uma das maiores equipes que o futebol brasileiro já teve.

Em 1985, o grande sucesso musical dos jovens era a banda Menudos, que tocava em todas as rádios e em todos períodos do dia. O nome da banda foi utilizado pela imprensa e pelos amantes do futebol para apelidar o time do São Paulo de 1985 até 1987.

No Campeonato Paulista de 1985, o tricolor passou por cima dos adversários e foi campeão com 23 vitórias, 72 gol marcados e 29 gols sofridos em 42 jogos, Careca foi o artilheiro da competição com 23 gols. A final foi contra a Portuguesa de Desportos, e o São Paulo não encontrou dificuldades, venceu o primeiro jogo por 3x1 e o segundo jogo por 2x1, em um Morumbi com pouco mais de 99 mil pessoas. Equipe do tricolor na final: Gilmar, Zé Teodoro, Oscar, Dario Pereyra e Nelsinho; Marcio Araújo, Silas (Pita) e Falcão (Freitas); Müller, Careca e Sidney. Técnico: Cilinho. O craque “Rei de Roma”, Falcão, foi titular apenas nas fases finais, o técnico Cilinho optou por jogar o Paulista daquele ano com Márcio Araújo entre os titulares. Após a conquista, Falcão deixou a equipe, e não fez muita falta.

No Brasileiro de 1986 o treinador deixa de ser o Cilinho e passa a ser o eterno ídolo do Santos, o craque Pepe, que tinha sido campeão Paulista daquele ano com a Inter de Limeira. Em 34 jogos, os Menudos venceram 17 vezes e perderam apenas 4 jogos, marcando 62 gols e sofrendo apenas 22.

O tricolor foi líder na primeira fase e segundo colocado na segunda fase, Careca vinha fazendo partidas sensacionais, mas ainda faltava o mata-mata, onde iria se consagrar mais ainda. Nas oitavas, o São Paulo passou pela perigosa Inter de Limeira, na sequência veio o Fluminense, que complicou um pouco a vida dos paulistas, vencendo por 1x0 o primeiro jogo, no Maracanã. Na segunda partida, o tricolor paulista parecia estar nervoso durante a partida, até que o craque Careca marcou um golaço e abriu o placar, Muller fez o segundo e garantiu os Menudos na semi-final. Para Careca, o jogo mais difícil do campeonato foi contra o Fluminense.

Confira os gols da segunda partida contra o Fluminense no vídeio abaixo:

Na semi-final o adversário foi mais um carioca, o América-RJ que foi derrotado no Morumbi por 1x0 e apenas conseguiu empatar no Rio de Janeiro por 1x1.

A final seria entre dois paulistas, São Paulo x Guarani, uma das finais mais emocionante de todos campeonatos brasileiro, se não a mais. O Bugre foi um rival duríssimo para a equipe do Morumbi. Jogando em casa a primeira partida, o São Paulo empatou por 1x1, no segundo jogo seria segurar a pressão e “comer grama” para conseguir o segundo título brasileiro. E não foi diferente, um empate por 1x1 nos 90 minutos levou o jogo para a prorrogação, que terminou empatada por 3x3, levando a decisão para os pênaltis, onde o tricolor venceu por 4x3 e se sagrou campeão Brasileiro de 86.

O capitão Careca, mais uma vez artilheiro com 25 gols, se consagrou mais ainda após o título.

Equipe que jogou a final: Gilmar Rinaldi; Zé Teodoro; Darío Pereyra, Wágner Basílio; Nelsinho; Bernardo, Silas, Pita, Sidney (Pianelli); Müller e Careca.

Para o Paulista, o São Paulo perdeu o Careca para o Napoli e o técnico Pepe, mas contou com a volta de Cilinho. Em uma final contra o rival Corinthians, o São Paulo venceu por 2x1 e empatou em 0x0 o jogo de volta. Depois desse título o São Paulo se enfraqueceu com a saída de Darío Pereyra, Silas, Pita, Muller e o técnico Cilinho. Dois anos depois Raí e Telê fizeram parte de mais uma equipe do São Paulo que entraria para a história, mas isso é um tema para outro dia.

Os Menudos marcaram época durante três anos, jogando um futebol de muitos gols, que faziam todos parar para assistir o espetáculo que seria durante os 90 minutos, como o Muller disse: “A gente chegava no vestiário e se perguntava de quanto ganharíamos o jogo.”

Mais uma vez a equipe que está eternizada: Gilmar; Zé Teodoro (Fonseca), Oscar (Wágner Basílio / Adílson), Darío Pereyra e Nelsinho; Márcio Araújo (Falcão / Bernardo), Silas e Pita; Müller, Careca (Lê em 1987) e Sidney. Técnicos: Cilinho (1985-1986 e 1987) e Pepe (1986-1987).



 
 
 

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